quinta-feira, 19 de setembro de 2013

7a. SEMANA DE MUSEUS - Programação no Palácio Rio Negro

todas os eventos programados são gratuitos

Mostra pra se ver com olhos livres
Cinema, política e diversidade

25.09 - QUARTA
14h-16hs - Oficina “Até onde a vista alcança” - destinada  aos
alunos da Rede de Ensino Público
18h30 - Apresentação dos filmes:
    - Pessoas de lugares diferentes e... diferentes entre si
(Brasil, 2013) 25’ - direção     Flávio Kactuz
    - A Alma da Gente (Brasil, 2013) 83’ direção     Helena
    Solberg e David Meyer - debate com Flávio Kactuz,
    Rafael Coelho (CDDH) e jovens participantes dos dois
    filmes

26.09 - QUINTA
14h-16hs - Oficina “Até onde a vista alcança” - destinada  aos
alunos da Rede de Ensino Público
18h30 - Apresentação dos filmes:
    - Nossa defunta Adelita (Nuestra difunta Adelita)
    (Bolívia, 2013) 15’
    - Sei que sou Helena (Portugal, 2013) 15’
    - Cidade Rosa (Ciudad rosa) (Bolívia, 2013) 15’
    - Entre as pernas (Brasil, 2013) 15’
    - Gosto muito mais de mim (Brasil, 2013) 15’
    - debate com  Cláudio Nascimento, presidente-fundador
    do Conselho dos Direitos da População LGBT do Rio de
    Janeiro (CELGBT-RJ) e representante do CDDH - Centro
    de Defesa de Direitos Humanos de Petrópolis

27.09 - SEXTA
18h30 - Apresentação dos filmes:
     - Os Frutos da Terra (I frutti della Terra)     (Itália-2013) 11’
        - As ilhas do porto (Portugal, 2013) 14’
    - Arroz com peixe e vagem (Riso con pesce e     fagiolini)
    (Itália-2013) 12’
    - com Repper Fiell, Bonde da Cultura e     representante do
    Centro de Defesa de Direitos Humanos de Petrópolis
20h – Apresentação musical com Repper Fiell, Bonde da Cultura
e Wendel Fernandes

28.09 - SÁBADO
9 -19hs – Grupo de Trabalho “Cinema, Política e Diversidade”
com representantes das favelas do Rio de Janeiro, coordenado
pela antropóloga  Adriana Vianna (Museu Nacional-UFRJ) e o
historiador de cinema Flávio Kactuz. (Universidade de Coimbra/
PUC-Rio) - (inscrições encerradas)
- Apresentação do Coro Nheengarecoporanga do Centro de
Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis













A 7ª edição da Primavera dos Museus promovida pelo IBRAM irá ocorrer no Palácio Rio Negro em Petrópolis, apresentando a Mostra de Cinema “Pra se ver com olhos livres”,  no ano em que se comemora o 50º aniversário da Marcha liderada por Martin Luther King (1929-1968) histórica manifestação na luta pelos direitos civis dos negros norte-americanos. Uma data emblemática não apenas para os Estados Unidos, mas para todos os povos que ainda não alcançaram uma justa posição de igualdade e respeito incondicional a toda e qualquer diferença, não apenas racial mas de qualquer natureza.

É com esse espírito que nasce a Mostra “Pra se ver com olhos livres”, com o principal intuito de conjugar Cinema, Política e Diversidade apresentando filmes, promovendo debates entre pessoas que se tornaram fundamentais na luta pela igualdade de direitos e no combate a todo tipo de exclusão, violência e preconceito de ordem racial, social ou de orientação sexual e religiosa, como Repper Fiell, o grupo Bonde da Cultura, o ativista Cláudio Nascimento e a antropóloga Adriana Vianna.

Uma Mostra que se encaixe em um novo tempo que se instaura em nosso país, com uma maior participação e mobilização política e atenção às questões que não dizem respeito apenas a um grupo minoritário, mas, evidentemente, inseridas num movimento efetivo de se construir novas e verdadeiras relações no âmbito da vida em sociedade, onde todos, sem exceção, possam ser respeitados pelo que são.

Além da intenção de reunir, divulgar e valorizar obras e trajetórias de grande significado para o nosso tempo, pretendemos discutir e incentivar a construção de novas representações artísticas através de um Cinema mais atento às transformações do mundo contemporâneo, compartilhando experiências entre o saber erudito e o popular e desenvolvendo um trabalho paralelo de formação direcionado aos alunos da rede de ensino público, além de um grupo de trabalho dedicado a debater o cinema que se faz nas favelas do Rio de Janeiro.

Outros olhares também se fazem presentes através do filme de abertura “A Alma da Gente” de Helena Solberg e David Meyer, programado para ser exibido na quarta-feira, numa sensível experiência artística com os jovens da Maré, e dos vídeos produzidos em Petrópolis, nas cidades de Sucre e Yotala, na Bolívia, no Porto, em Portugal  e nas cidades italianas de Faenza, Forli e Ravena, por jovens participantes do Projeto Encontros, Laboratório Internacional de Teatro e Cinema promovido pelo grupo italiano Teatro Due Mondi, inserido no Projeto Juventude em Ação da Comunidade Europeia.

Afinal, torna-se cada vez mais urgente revermos e reorientarmos nossa visão de mundo e reaprendermos a considerar o outro, seja lá como for e de onde vier, independentemente de suas diferenças, abrindo espaço para que se manifeste, tenha acesso e usufrua dos mesmos meios e mecanismos que cabe por direito constitucional a qualquer cidadão.

Com estes princípios norteadores organizamos nossa primeira edição na cidade de Petrópolis, procurando perceber o quanto já conquistamos do sonho de Luther King e o quanto ainda falta caminhar, no desabrochar das primeiras flores da primavera em nosso país.


As apresentações abertas ao público serão sempre gratuitas e irão ocorrer a partir das 18h30, nos dias 25, 26 e 27 de setembro de 2013, no Palácio Rio Negro, situado na Av Koeller, 255. Tel: (24) 2246-9380 O grupo de trabalho dedicado ao Cinema nas Favelas, que já está com suas inscrições fechadas, irá ocorrer no sábado dia 28, com a presença do Coro Nheengarecoporanga do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis, parceiro fundamental para essa realização. A Mostra Pra se ver com olhos livre tem a direção artística de Flávio Kactuz e coordenação técnica de Neurivan de Barros. Uma Realização: Uns entre Outros.


          
 


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

TODAS AS ATIVIDADES NO PALÁCIO RIO NEGRO, ABERTAS À COMUNIDADE, SÃO

GRATUITAS

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Um pouco de história...



O Conjunto Arquitetônico do Palácio Rio Negro está situado em uma área de 13.000 m², localizada em uma das avenidas mais representativas do Centro Histórico de Petrópolis-RJ, a Avenida Koeler, cujo nome rende homenagem ao Major Júlio Frederico Koeler, que realizou o desenho urbano de Petrópolis. O terreno onde se encontra era composto, inicialmente, de três prazos (lotes) de terra medindo, cada um, 22 metros de frente e mais outro lote aos fundos, de acordo com o padrão estabelecido por Koeler para o plano urbanístico da Vila Imperial. Estes prazos de terra foram doados, em 1847, pelo Imperador D. Pedro II a pessoas de suas relações para compor a vizinhança de seu palácio de verão. Mais tarde, em 1939, seria agregado ao conjunto ainda mais um lote, este com edificação (o "chalé") datada de 1884, que teria pertencido à família de Frederico Guilherme Lindscheid e, posteriormente, teria sido alugado por parentes de Joaquim Nabuco.

O conjunto conta, atualmente, com nove edificações de valores arquitetônicos diferentes que datam de épocas distintas, tendo como edifícios principais o Palácio Rio Negro e o Palacete Raul de Carvalho. O Palácio, de construção em estilo eclético, data de 1889 e foi edificado por encomenda de Manoel Gomes de Carvalho, o Barão do Rio Negro, próspero comerciante de café do Estado do Rio de Janeiro, ao engenheiro Antonio Januzzi, autor de diversas obras de grande importância à sua época, como as que compuseram a abertura da Avenida Central – atual Avenida Rio Branco – no centro do Rio de Janeiro, em 1904, e o Palácio Itaboraí, também em Petrópolis. O Barão do Rio Negro, entretanto, ocupou por pouco tempo o Palácio, pois, em 1894, deixou o país com a família transferindo-se para Paris, onde veio a falecer em 27 de dezembro de 1898. Em Paris, o barão, junto com seus filhos Raul e Manuel Emílio, fundou o “Café Carvalho”, empresa que importava o café produzido no Brasil e o distribuía na França.

Em 1893, como conseqüência do descontentamento com o regime de Floriano Peixoto, oficiais da Marinha, sob o comando de Custódio José de Melo, iniciaram a Revolta da Armada, transformando Niterói, então capital da Província do Rio de Janeiro, e a baía de Guanabara, em verdadeira praça de guerra: a solução encontrada para assegurar a atuação do governo fluminense foi transferir temporariamente a capital para Petrópolis. O Governo da Província instala-se, em 1896, no Palácio Rio Negro.

Em 1903, com a volta do Governo da Província para Niterói, o Palácio fica desocupado e é hipotecado ao Banco da República do Brasil devido às dificuldades financeiras por que passava o governo, terminando aí a primeira fase do Palácio Rio Negro como prédio público.

A partir de 1903 o Palácio Rio Negro passou a pertencer ao Governo Federal, sendo transformado em residência de verão oficial dos Presidentes da República. O Rio Negro recebeu Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Braz, Epitácio Pessoa, Artur Bernardes, Washington Luiz, Getúlio Vargas, Café Filho, Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitscheck, João Goulart e Arthur da Costa e Silva. Com a transferência da capital para Brasília, em 1960, o veraneio em Petrópolis tornou-se pouco prático. Desta forma, em 1975, o então presidente Ernesto Geisel transfere o Palácio à guarda do Exército e o conjunto do Rio Negro passa a ser sede da 1a. Brigada de Infantaria Motorizada, que aqui permaneceu até dezembro de 1991. O prédio só voltaria a hospedar o Presidente da República no verão de 1996, com a vinda do Presidente Fernando Henrique Cardoso, que ainda retornou ao Palácio outras duas vezes, nos anos seguintes. Em março de 2007 e, novamente, em março de 2008, o Palácio hospedou o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Em 13 de setembro de 2008, o Presidente Lula e o Governador Sérgio Cabral, acompanhados de suas esposas, pernoitaram no Palácio, dando prosseguimento à tradição do Rio Negro em hospedar o mandatário da nação. 

O Conjunto Arquitetônico do Rio Negro ficou sob administração da Prefeitura Municipal de Petrópolis a partir de janeiro de 1992 e só retornaria à União por determinação judicial em novembro de 2005, quando passou a ser administrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. No início de 2009, com a transferência dos museus federais do IPHAN para um novo órgão, o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), o Palácio Rio Negro passou a ser regido por esta instituição.

O Palácio, desde sua reabertura, vem realizando eventos artísticos e culturais através de concertos musicais, palestras, apresentações teatrais, entre outros e encontra-se aberto à visitação de terça a sábado, de 10 às 17 h.